Evolução da Autoclave

Você sabia que a história da autoclave tem mais de 100 anos e que o Brasil ajudou no seu desenvolvimento?

Tudo começou em 1871, quando Louis Pasteur perdeu seu filho, então com 5 anos, por complicações após a mordida de um cachorro. Em seu leito de morte, Pasteur prometeu ao filho que faria algo para que nunca mais houvesse esse tipo de morte, e começou a dedicar-se a isso.

Em seus estudos para encontrar uma vacina para raiva, deparou-se com microrganismo que contaminavam seus experimentos. Então, pediu ao companheiro Charles Chamberiand (microbiologista francês) uma solução para matar essas bactérias. Depois de muita observação, Chamberiand percebeu que batatas, após cozidas, não apresentavam proliferação de microrganismos, e decidiu submeter instrumentos e placas de seu laboratório as mesmas condições, criando o primeiro processo de esterilização por vapor de água saturada. Pasteur então procurou financiadores para suas pesquisas, e não obteve sucesso com os governos da França e Inglaterra. Foi então que nosso imperador, Dom Pedro II decide investir no projeto, e Pasteur incube Chamberiand de inventar a autoclave em 1880.

Com o passar do tempo o equipamento foi evoluindo e surgiram diversos tipos de autoclave.

Autoclave de paredes simples

Este tipo de autoclave geralmente é formado por um cilindro metálico resistente – vertical ou horizontal – com uma tampa parafusos de orelhas e uma anilha de amianto que permitem vedar hermeticamente o recipiente, impedindo a perca da pressão. Além disso, conta com um manômetro, uma torneira para descarga e uma válvula de segurança.

Autoclave de paredes duplas

Também conhecido como autoclave horizonta, este modelo possui duas câmaras sendo uma interna e outra externa, e o espaço entre elas é utilizado para manutenção e controle da temperatura durante o processo. O modelo também possui bomba de vácuo para a retirada do ar antes da entrada do vapor e para secagem dos materiais no final do processo. A retirada do ar e entrada do vapor é feita em pulsos de forma a uniformizar a temperatura e ação do vapor esterilizante em toda a câmara de processo (interna).

Autoclave gravitacional

Nesse tipo de equipamento o vapor é introduzido na câmara interna forçando a saída do ar, o aquecimento é feito de fora para dentro e o sistema de secagem alcança um vácuo de capacidade média. Entretanto, a ANVISA, agência regulatória brasileira, proíbe sua utilização quando a capacidade é superior a 100 litros por conta de não conseguir remover completamente o vapor, o que limita o processo de secagem.

Autoclave de alto vácuo

Considerada mais segura que a gravitacional, esta autoclave possui uma bomba de vácuo com alta capacidade de sucção do ar. A autoclave de alto vácuo introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. O ar da câmara interna é retirado pela alta capacidade de sucção da bomba de vácuo gerando maior segurança; além disso, a sucção também permite a remoção da umidade interna ao final do processo reduzindo o tempo de exposição, esterilização e secagem.

Autoclave de vácuo único

Este aparelho remove o ar de uma única vez num curto espaço de tempo. Entretanto, esse processo repentino pode apresentar formação de bolsas de ar em seu interior.

Autoclaves de vácuo fracionado

Nesse tipo de autoclave o ar é removido em intervalos programados, com injeção simultânea de vapor, o que torna a formação de bolsas de ar menos frequente.

Atualmente as autoclaves são divididas em classe S, N e B. Você sabe a diferença entre cada uma delas? Então confere esse post que fizemos sobre o assunto!

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