Cuidados no uso da radiação odontológica

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Como sabemos, o exame radiográfico é uma das principais ferramentas que auxiliam o dentista na elaboração do diagnóstico, e essencial em muitos casos. Entretanto, caso o profissional não adote determinados procedimentos, o uso desse tipo de equipamento pode colocar o profissional em risco. Pensando nisso, preparamos este post sobre a exposição de profissionais e pacientes ao raios-X bem como apresentar dicas de proteção e segurança.

A radiação é prejudicial à saúde?

No início do uso dos raios-X, os riscos à profissionais e pacientes eram maiores, uma vez que tanto a tecnologia, quanto as técnicas, não eram tão conhecidos e difundias. Era preciso expor o paciente à radiação durante diversos minutos para conseguir uma boa imagem e ainda não havia leis e mecanismos de controle.

Atualmente, muito já se sabe sobre os efeitos nocivos desse tipo de radiação, de modo que todas as medidas de proteção são utilizadas desde a fabricação até a utilização destes equipamentos. Além disso, o uso de aparelhos digitais e a possibilidade de manipular as imagens diminuiu o índice de repetições e a dose necessária para obter uma boa visualização.

As consequências biológicas da irradiação com raios-X são bastante variáveis e dependem da dose recebida, da frequência da exposição e da região atingida. Mas os equipamentos de raios-X diagnósticos não tem a capacidade de gerar danos ao paciente.  Geralmente, quando citamos o termo “radiação”, muitas pessoas o associam a algo nocivo, no entanto, o mito de que a radiografia odontológica causa câncer de tireoide nunca foi comprovado.

A verdade é que hoje muito do que está ao nosso redor emite e recebe radiação, como por exemplo as ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível e etc. Graças aos avanços na tecnologia, a radiação hoje faz parte de diversos procedimentos benéficos à nossa vida. Na Odontologia, podemos citar exemplos como a fotopolimerização e os exames de radiografia.

Cuidados no uso de radiação odontológica

Se por um lado, os atuais equipamentos – aliados a frequência de exposição – não têm a capacidade de gerar danos ao paciente, o profissional deve tomar alguns cuidados:

Prepare o ambiente

As instalações onde serão realizados os exames radiográficos devem ser planejadas para que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposição acidental sejam mitigadas. Além disso, é recomendado o uso de portas de chumbo e biombos para isolar a área de exame.

Mantenha-se afastado do feixe do raios-X

Na hora do exame, é importante que o profissional se mantenha a uma distância de ao menos 2 metros em relação ao paciente. Além disso, é importante que ele utilize os equipamentos de proteção adequados para restringir a penetração da radiação.

Faça manutenção preventiva dos equipamentos

Todos os equipamentos radiológicos precisam passar periodicamente por testes de radiação de fuga. O objetivo dessas avaliações é detectar se a radiação à 1 metro do ponto focal está dentro dos limites estabelecidos pela legislação e não oferece riscos aos operadores. Além disso, outras verificações devem ser feitas para garantir a confiabilidade dos resultados. 

Além disso, caso note alguma não-conformidade, entre em contato com o seu técnico imediatamente e suspenda o uso do aparelho até que o problema seja resolvido.

Nunca segure o filme na boca do paciente

Após colocar corretamente o posicionador com o filme radiográfico na boca do paciente, o profissional deve se afastar para que a imagem seja captada. Caso haja uma incapacidade do paciente em segurar o filme, o acompanhante (devidamente paramentado com avental de chumbo) deve auxiliá-lo.

Nunca fique atrás do cabeçote

O cabeçote é a região do aparelho em que são gerados os raios-X. Na hora do exame, o profissional não deve segurar ou estabilizar essa parte, nem mesmo ficar próximo a ela, para que não receba nenhuma dose de radiação de escape. O cabeçote, no entanto, não fica contaminado, uma vez que ele deixa de emitir energia quando não está em funcionamento.

Utilize um dosímetro

Esse dispositivo é essencial para registrar a radiação que o profissional recebeu em seu período de trabalho. Com isso, é possível assegurar que a dose máxima não foi excedida. Caso o limite seja ultrapassado, deve ser feita uma análise completa do local e do equipamento a fim de encontrar possíveis inconformidades e sana-las o mais rapidamente possível.

Tomando os cuidados mostrados acima, a segurança no uso da radiologia odontológica está garantida. As soluções apresentadas atendem aos princípios básicos para a radioproteção, contribuindo para que os pacientes, os profissionais e o meio ambiente não sofram com os efeitos nocivos da radiação.

Ainda tem alguma dúvida? Fale agora mesmo com um de nossos consultores.

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